Porquê que todos nós precisamos de um tempo para desligar

Ago 10, 2020 | CONSELHOS, DESCANSO

Pode tomá-lo como um facto semanal, como um evento mensal, para praticá-lo a certas semanas e meses ou pelo menos uma vez por ano. Mas, independentemente da sua periodicidade, falamos de algo que deveria ser obrigatório. É o tempo da desconexão, aquela fase tão necessária em que temos de passar das obrigações diárias para nos dedicarmos, à nossa saúde e ao nosso descanso.

Os três pontos mais importantes que devem levá-lo à desconexão

Apesar do quão atual e lógico o tema da desconexão possa parecer para nós, raramente a conseguimos. Por um lado, a sociedade contemporânea conseguiu incorporar a velocidade do momento. Ou seja, o ritmo das nossas vidas acelerou tanto, que mal nos permitimos alguns momentos para digerir o que estamos a viver. Essa nulidade ao processar os milhões de estímulos externos, acaba por produzir níveis mais elevados de ‘stress’ e ansiedade nos seres humanos, criando assim uma espécie de ciclo negativo: temos cada vez menos tempo, mas pelo contrário, queremos fazer mais coisas (e o pior de tudo, ainda as fazemos).

Com pouca pausa para reflexão, introspeção e descanso, o nosso cérebro torna-se uma roda de hámster gigante que gira e torce sem entender os motivos ou a maior parte da paisagem sendo observada. É por isso que tantos milhares de pessoas voltam das férias mais stressadas do que quando foram. Ou não conseguiam desligar-se do trabalho (o perigo de carregar sempre o telemóvel com todas as contas de e-mail sincronizadas), ou optaram por destinos tão distantes e exóticos que tudo o que conseguiram fazer era ficar mais fisicamente cansados e regressar às suas cidades apenas um dia antes do temido regresso ao trabalho.

Mas o tempo de desconexão não é apenas sinónimo de verão ou férias. Com uma boa organização, uma agenda como mantra, a força de vontade suficiente e a capacidade de colocar a saúde acima de tudo, podem ser estabelecidas com outra periodicidade: uma vez por semana (por que não aos fins de semana?), uma vez por mês ou a cada certo número de semanas (ou meses).

O problema é que o tipo de vida que aceitamos e estabelecemos hoje é presidida pelas redes sociais, pelas aparências e pela tendência para nos tornarmos super-heróis do quotidiano, o que nos leva a cometer um erro demasiado comum: descansar, desligar e ter algum tempo para nós próprios é o menos importante de todas as coisas que temos de fazer (ou que pensamos que temos de fazer). Com maior naturalidade e menor sentimento de culpa, não seria tão difícil colocarmo-nos como número um na lista de coisas a fazer. E com isso, abraçaríamos os seguintes três pontos:

Melhoraria a nossa saúde

É bem conhecido e comprovado que descansar, tirar umas boas férias (mas, as verdadeiras) e desligar é tão saudável como uma dieta equilibrada ou o mais lógico dos exercícios físicos. A redução do ‘stress’ e da ansiedade prolonga as nossas vidas à medida que reduz as condições cardíacas e portanto, aumenta a nossa esperança vital.

Dedique o seu tempo à pessoa mais importante da sua vida: você.

Se traçarmos umas boas férias ou um tempo real de desconexão, o relaxamento e o prazer andarão de mãos dadas. Além disso, irá refletir sobre as outras questões da sua vida, priorizando o que realmente importa e dar uma nova abordagem vital.

Vai ganhar em produtividade

Após um tempo de desconexão (e umas boas férias), o regresso à normalidade é sinónimo de maior desempenho, eficiência e produtividade. Já para não falar dos novos objetivos e técnicas para os alcançar.