Dormir: A melhor forma de reiniciar o nosso corpo

Jul 29, 2021 | CONSELHOS, DESCANSO | 0 comments

 

Se nos cingirmos ao mais básico, poderíamos dizer que dormir nos serve basicamente para descansar. Em um processo simples, temos sono, metemo-nos na cama, e no dia seguinte sentimos que essa “barra de energia” relacionada com o descanso volta a ter o carregador cheio. Porém, não devemos cair no erro de simplificar em demasia toda a questão. Dormir não só consiste no ato de fechar os olhos e sonhar. Dormir é algo mais do que simplesmente recuperar-nos do stress do dia a dia: serve para reiniciar o nosso corpo.

Assim é como o nosso corpo é influenciado pelo sono e pelo descanso

Dormir é a melhor maneira que temos de nivelar as nossas energias, e compensar corpo e mente. As oito horas de sono recomendadas logram um equilíbrio entre o enérgico e o molecular, influenciando também todas as funções intelectuais e emocionais do nosso cérebro. É por isso que, quando descansamos o suficiente, temos melhor humor, maior concentração, e pensamos com mais clareza. Pelo contrário, quando passamos mal a noite, e no dia seguinte nos encontramos cansados, é muito complicado alcançar o rendimento laboral adequado.

Associamos constantemente o dormir e a falta de sono com as funções mais cognitivas, os níveis de stress, ou a ansiedade. No entanto, descansar não é património exclusivo do nosso cérebro. Dormir bem ou dormir mal tem influência sobre qualquer tecido do corpo. Desde as hormonas de crescimento do sistema imunitário, passando pela regulação do apetite, os níveis de stress, a pressão arterial, ou o nosso sistema cardiovascular.

As centenas de investigações médicas e científicas têm demonstrado nas últimas décadas que a falta de sono é uma das principais causas de certas patologias. Obesidade, enfermidades relacionadas com o coração ou infeções, podem produzir-se por não descansar convenientemente. Sem ir mais longe, as enfermidades relacionadas com o sistema cardiovascular podem encontrar a sua origem nas frequências cardíacas e respiratórias que se produzem enquanto dormimos, devido às subidas e descidas que experimenta a nossa pressão arterial durante o sono.

É durante as nossas horas de sono que o corpo liberta certas hormonas que ajudam a reparar todo o sistema celular (além da regulação que faz da energia que gasta o nosso corpo), e se produzem as mudanças hormonais que afetam o peso corporal.

Tudo o que nos pode passar ante uma constante má higiene do sono

Já temos visto como a falta de sono e a má qualidade do descanso podem afetar o nosso rendimento, ou o estado de ânimo, mas também como influi em todo o nosso organismo. Dormir mal pode ser sinónimo das seguintes patologias, enfermidades ou moléstias:

A saúde cerebral

É enquanto dormimos que o nosso cérebro aproveita para eliminar todas essas toxinas que se acumulam durante o nosso dia a dia. Por certo, estas toxinas são as que estão associadas com a aceleração do envelhecimento, pelo que dormir mal nos fará parecer mais velhos.

Diabetes

Quando não dormimos o suficiente, durante um período prolongado de tempo, não podemos controlar apropriadamente os níveis de açúcar no sangue.

Enfermidades do coração

Já o temos visto anteriormente, a falta de sono pode levar-nos a sofrer, tanto de inflamações, como de pressão arterial alta. Em qualquer caso, problemas no coração. Segundo um estudo da PESA, as pessoas que dormem menos de seis horas têm uns 27% mais de probabilidades de sofrer de aterosclerose. Ou seja, uma doença relacionada com o enfarte de miocárdio.

Obesidade

Determinados estudos demonstram que a falta de sono está relacionada com o aumento de peso, e com a obesidade. Quando não dormimos, tendemos a comer em excesso, além de abusar de alimentos ricos em gordura, e com alto teor de açúcar.

Infecções

O sistema imunitário é um dos maiores prejudicados ante a falta de sono. Em épocas de insónias, é quando sofremos mais facilmente de resfriados e gripes.

Enfermidades mentais e emocionais

Stress, ansiedade, depressão… A repetição de noites de pouco descanso favorece não apenas a sua aparição, mas também um agravamento da situação, no caso de padecer de qualquer destas patologias. Além disso, já existe uma relação bidirecional comprovada entre a falta de sono, e o aparecimento de Alzheimer.